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Mensagem da Revista Espírita - Ano 1862, p. 345 e 346

Valor da Prece


“Os Espíritos solicitam constantemente preces aos mortais. Será que os Espíritos bons não oram pelos sofredores? Por que as preces dos homens são mais eficazes?”


A resposta que se segue foi dada por Santo Agostinho, pelo médium E. Vézy:


“Orai sempre, meus filhos. Já vos disse: a prece é um orvalho benfazejo que deve tornar menos árida a terra ressequida. Venho repetir mais uma vez e acrescentar algumas palavras em resposta à pergunta que me dirigistes. Perguntais por que os Espíritos sofredores preferem pedir-vos preces que a nós. As preces dos mortais são mais eficazes que a dos Espíritos bons? – Quem vos disse que nossas preces não tinham a virtude de espalhar consolação e dar força aos Espíritos fracos, que não podem ir a Deus senão com dificuldade e, muitas vezes, sem coragem? Se imploram as vossas preces, é porque elas têm o mérito das emanações terrenas que, subindo voluntariamente a Deus, são sempre por eles aproveitadas, por procederem da vossa caridade e do vosso amor.


“Para vós orar é abnegação; para nós, um dever. O encarnado que ora pelo próximo cumpre a nobre tarefa dos puros Espíritos; sem lhes possuir a coragem e a força, realizam as suas maravilhas. É peculiar à nossa vida consolar o Espírito que sofre e passa por dificuldades; mas uma de vossas preces é o colar que tirais do pescoço para dá-lo ao indigente; é o pão que retirais de vossa mesa para dar a quem tem fome. É por isso que vossas preces são agradáveis a quem as escuta. Um pai não atende sempre à prece do filho pródigo? Não chama todos os servos para matar o vitelo gordo pelo retorno do filho culpado? Como não o faria ainda mais por aquele que, de joelhos, lhe vem dizer: ‘Ó meu pai, sou muito culpado; não vos peço graça, mas perdoai a meu irmão arrependido, mais fraco e menos culpado do que eu.’ Oh! é então que o pai se enternece, arrancando do peito tudo quanto este possa conter em dons e em amor. E diz: ‘Estavas cheio de iniquidades e te confessaste criminoso; mas, compreendendo a enormidade de tuas faltas, não clamaste graça para ti; aceitas o sofrimento de meu castigo e, apesar de tuas torturas, tua voz tem força bastante para pedir por teu irmão!’ Pois bem! o pai não quer ser menos caridoso que o filho: perdoa a ambos. A um e outro estende as mãos para que possam marchar direito na senda que conduz à sua glória.


“Eis a razão, meus filhos, pela qual os Espíritos sofredores, que vagueiam à vossa volta, imploram as vossas preces. Devemos orar; podeis orar. Prece do coração, és a alma das almas, se assim me posso exprimir; quintessência sublime que sobe, sempre casta, bela e radiosa, para a alma mais vasta de Deus.”


Santo Agostinho

 
 
 

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